Sobre o que eu sou

     Hoje de manhã acordei pensando e refletindo na luta que a gente tem todo dia pra mostrar o que é, mostrar que é forte, bonito, mostrar o que sabe e o que conquista. E pra quê? É, pra quê?
     Só concluí que nós vivemos muita coisa, passamos por muita gente e cada um deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. A gente ri, chora, acha que nada vai dar certo, se sente feia, e no fim, as coisas se encaixam. A única coisa que fica disso tudo é a essência e as transformações que fazemos em nós.
     Nada do que eu tenho, em termos materiais, reflete o que eu sou. Nada do que eu pareço ser mostra realmente o que eu sou e nada disso seguirá comigo!
     Só por isso, eu tenho aprendido que cuidar do meu corpo é bom pra mim: me alimentar bem, fazer atividade física faz muito bem! Aprendi também que cuidar da mente tem tanto valor quanto cuidar do corpo: o que eu falo, com quem eu convivo, as minhas escolhas e os meus pensamentos fazem bem ou mal e só eu posso decidir isso e fazer da melhor forma possível.
     A única coisa que eu levo vida a fora é o que eu sou e o reflito através da minha vida. Nada q eu tenha ou conquiste fará diferença quando, no fim, EU for tudo o que restar.

Sobre eleições e escolhas


     Domingo é dia de eleição e é dia de escolhas. Tenho, pensado muito no meu voto pq ele ainda não está definido. Vim do trabalho agora pensando, refletindo e muita coisa passou pela minha cabeça. Muita mesmo.
     Nós vivemos, historicamente, uma cultura de coitadinhos, uma cultura de exploração... Desde quando o Brasil foi encontrado pelos portugueses e os índios escravizados, esse povo foi 'acostumado' com exploração, com mortes, com escravidão e tantas outras coisas ruins. Acostumado a ter pouco em troca de dar muito, a receber espelhinhos em troca do Pau Brasil.
     Depois, os negros africanos trazidos pra cá foram escravizados, maltratados e mortos por tantos que só queriam explorar o trabalho desse povo e obter lucros.
     Nós somos resultados dessas pessoas, somos fruto dessa cultura. Uma cultura de exploração e aceitação. Não foram tantas vezes na história que se ouviu falar de revoltas, de gente que não aceitou a situação e buscou mudança, buscou novidade de vida, de gente que assumiu as rédeas da própria vida, ergueu a cabeça e seguiu em frente! Isso só tem sido visto de uns tempos pra cá, especialmente no ano passado, quando o povo saiu pra rua pra declarar sua opinião, pra dizer o que não agrada, pra 'botar a boca no trombone' e exigir tudo muito melhor. Mas esse não é o costume, infelizmente. O costume é acatar o que está errado e continuar calado, aceitando injustiças, justamente o contrário do que deve ser feito. Não gostou de algo? Fale! Seja educado, seja sensato, e fale, mude, siga, saia!
     Acredito de verdade que esse deve ser o nosso sentimento no domingo. Escolher com a certeza do que eu quero continuar, do que eu quero mudar, do que deve ser mantido e do que deve ser renovado. Escolher sem peso na consciência de não seguir um grupo ou uma ideia de outra pessoa, mas de seguir o desejo do coração, a vontade e a necessidade.
     Em meio a tantas coisas acontecendo na minha vida, eu posso dizer uma que eu tenho certeza: Eu sou resultado do meio em que eu vivo, sou resultado das minhas escolhas. Portanto, eu preciso fazer escolhas boas, tomar decisões melhores na minha vida, e domingo não pode ser diferente!